20 de fev. de 2018

NUNCA A CULPA É DA VÍTIMA – entrevista de Oprah winfrey é esclarecedora sobre as reações involuntárias que podem ocorrer no corpo das vítimas no momento da violação sexual




Ao contrário do que muita gente pensa, nem sempre o abuso sexual ocorre de maneira brutal, deixando marcas roxas e visíveis pelo corpo. Muitas vezes, o abuso acontece de forma gentil, seduzindo a criança e fazendo com que ela confie e se acostume com os toques do abusador. A partir daí, o corpo da criança começa a ficar excitado, reagindo ao estímulo externo.

Não vamos confundir com prazer nem mesmo pensar que alguma criança gosta de sofrer abuso sexual. O que acontece é que o corpo reage da maneira que foi criado para reagir, assim como nos arrepiamos em um ambiente frio ou sentimos cócegas quando alguém toca a sola dos nossos pés. Essa excitação do corpo durante o abuso sexual faz com que a criança tenha sentimentos ambivalentes: ao mesmo tempo em que deseja parar, o corpo se excita. A criança sente culpa e se cala, se sente como uma cúmplice e não tem como compreender que alguém em quem ela confia tanto possa estar destruindo ali a sua vida.

Enfim, muitas de nós, Sobreviventes, crescemos e sofremos com a tormenta da culpa. Esta tormenta pode nos levar a ter fantasia sexual com estupro ao brincarmos com o nosso corpo” (texto compartilhado pelo Movimento Girassol).


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