18 de nov. de 2015

Reflexões sobre desenvolvimento e proteção das crianças marcam Seminário Primeira Infância Livre de Violências -

Evento também discutiu a Carta de Goiânia, instrumento que busca a concretização da proteção às crianças e o desenvolvimento saudável e livre de violências


Foi realizado nos dias 9 e 10 de novembro o Seminário Primeira Infância Livre de Violências. O evento, que é uma parceria da Rede de Atenção a Crianças, Adolescentes e Mulheres em Situação de Violência de Goiânia com diversas instituições, teve como objetivo sensibilizar sobre o impacto das práticas violentas no desenvolvimento das crianças e discutir políticas públicas e prevenção das violências na primeira infância. No total, 473 pessoas participaram do seminário, como pais, profissionais e estudiosos da área de psicologia na infância, família e assuntos semelhantes, além de profissionais nas áreas de comunicação, assistência social, educação, saúde, judiciária e segurança.

O Seminário contou com palestras, debates e reflexões a respeito do tema, com a presença de profissionais da área da saúde, professores, representantes da área jurídica e de instituições de defesa da infância, para discutir a Carta de Goiânia, documento que pretende fortalecer ações de políticas públicas que buscam proteção de crianças das violências, com propostas para promover o desenvolvimento das crianças.

A abertura oficial aconteceu na terça-feira, 10 de novembro, e contou com a presença de representantes do Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes, Conselhos Tutelares, da Pastoral da Criança, Conselho Regional de Psicologia, do Ministério Público, do curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), professores e os deputados Adriana Accorsi e Rubens Otoni, além de representações do governo estadual e da senadora Lúcia Vânia.

Território do Brincar

O primeiro dia do seminário foi marcado pela apresentação do filme “Território do Brincar”, resultado de um trabalho de pesquisa para sensibilização sobre a cultura da infância brasileira que foi produzido pelo Instituto Alana, organização que busca garantia de condições para uma boa vivência da infância.

Em seguida à exibição do filme, o psiquiatra Daniel Emídio de Souza e a coordenadora do Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil de Goiás Katleem Lima debateram a respeito da importância do ato de brincar para o desenvolvimento das crianças.

Debates

Uma das mesas de debates discutiu o tema “Caminhos do cuidado e da prevenção das violências na primeira infância”, contando com a presença da Professora Doutora Lucia Cavalcanti de Albuquerque Williams, da Universidade Federal de São Carlos, que apresentou a importância da família na prevenção às violências na infância, com a apresentação de casos de famílias que eram consideradas de risco.

Durante os debates também foram apresentadas as políticas do Programa Primeira Infância Melhor, do Rio Grande do Sul, que foi lançado em 2003 e atende mais da metade dos municípios do Estado, com intervenções a famílias em situação de risco e vulnerabilidade social, para educar e cuidar das crianças, e do Instituto da Primeira Infância, Organização Não-Governamental (ONG) dedicada à promoção do desenvolvimento na primeira infância.

A segunda mesa de discussões tratou dos desafios da proteção à primeira infância no Brasil, coordenada pela Representante da Rede de Atenção a Crianças, Adolescentes e Mulheres em Situação de Violência e técnica do Núcleo de Vigilância às Violências da SMS Railda Martins. Um dos temas discutidos foi a respeito da saúde e dignidade da criança, com uma palestra da pediatra Rachel Niskier, do Núcleo de Apoio aos Profissionais que atendem Crianças e Adolescentes vítimas de Violência no Rio de Janeiro.

Carta de Goiânia

A Carta de Goiânia, que foi lida e apresentada durante o Seminário, é um instrumento para que se busque a concretização primeira infância livre de violências. Durante o evento, houve uma mesa para que se fizessem reflexões e sugestões a respeito do conteúdo da Carta. A Carta contempla vários aspectos a respeito da busca e fortalecimento de políticas para a proteção e cuidado das crianças para o desenvolvimento saudável e livre de violências.

Miqueias Coelho

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Abaixo as apresentações:

"Crianças - crescer e se desenvolver com saúde e dignidade: tarefa de todos"
Dra. Rachel Niskier – Pediatra do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, Criança e Adolescente Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz, coordenadora do Núcleo de Apoio aos Profissionais que atendem Crianças e Adolescentes vítimas de Violência (NAP - IFF/Fiocruz) e Membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Pediatria – Rio de Janeiro

 

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"Crianças Queimadas"
Vereadora Cristina Lopes Afonso – fisioterapeuta especialista em queimaduras

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