21 de fev. de 2013

TERREIRO DA INFÂNCIA apresenta espetáculo inspirado na obra "A Terceira Infância" do poeta Manoel de Barros

 

 

Cecília Alves e Larissa 1

Nada há de mais prestante em nós senão a infância. O mundo começa ali.
Manoel de Barros


 
O grupo Terreiro da infância apresenta o espetáculo resultado da disciplina oficina do espetáculo (emac/ ufg):

 
CRIANCEIRAS...
OU NOSSA INFÂNCIA INVENTADA
Estudos da infância e criação coletiva incitada pela obra "A Terceira Infância" do poeta Manoel de Barros.
 
DATA: 27/O2 - Quarta-feira
HORÁRIO: 19H
LOCAL: TEATRO DA EMAC, CAMPUS II
 
FICHA TÉCNICA
DIREÇÃO GERAL/ DRAMATURGIA/ ORIENTAÇÃO ACADÊMICA
Natássia Garcia
 
ASSISTENTE DE CARACTERIZAÇÃO
Kárita Garcia
 
DRAMATURGIA(S)/ ATU(AÇÕES)
Ana Gracielle Cabral
Cleber Sanviê
Diana Deyse
Jéssica Winer
Marília Machado
Rannier Ribeiro
Raquel Rosa
Roger Thomas
Takaiúna Correa
Yasmin Ribeiro
PRODUÇÃO
O grupo
 
 APOIO
EMAC-UFG; NEPIEC/ FE-UFG

 
RESUMO
 
Orientado pela professora e diretora Natássia Garcia, o coletivo Terreiro da Infância é formado por jovens estudantes/artistas goianos. Desde fevereiro de 2012 o grupo – vinculado às disciplinas Oficina do Espetáculo I e II (Emac/UFG) – se propôs a estudar a obra do poeta pantaneiro Manoel de Barros (1916 - ), mais especificamente A Terceira Infância. Com interesse em verticalizar a pesquisa sobre/com a infância, sugerimos um espetáculo composto das nossas memórias inventadas, porque como afirma Manoel “Tudo o que não invento é falso”. A ideia de elaboração de Crianceiras... ou nossa infância inventada surgiu a partir do interesse conjunto da direção e dos atores em trabalhar a infância, unindo suas próprias memórias e memórias do autor em questão. Sendo assim, impulsionados a entrarem em contato com o par ‘natureza/cultura’ criaram uma aproximação com maior intensidade da obra e do modo de vida do autor. Tendo em vista que a natureza é forte elemento na produção do escritor e nas experiências dos artistas do espetáculo. Em diversos contextos, Infante de origem grega, significa aquele que não se manifesta ainda; do latim, aquele que não fala, contudo, é aquele que anda, caminha... Entretanto, aos olhos do grupo, a criança tem voz e a infância é manifestação de inúmeras vozes! Por isso, por meio de um exercício com Experiências Estéticas, o coletivo buscou cavar o quintal de vestígios das crianças que foram/são. Neste sentido, os artistas se aproximaram da pesquisa de imagens, imaginação e memórias da infância, apropriando-se também do saber-sabor do conhecimento. De Constantin Stanislavski foram explorados principalmente os trabalhos com a imaginação e as ações físicas. Com contribuições de Walter Benjamin, pôde-se compreender um pouco mais sobre a memória, a experiência, o assombro e a infância. Com experimentações interartísticas o grupo almeja propor um convite ao espectador a escavar a poética da natureza e da cultura com o olhar da nossa infância; e do faz de conta e da teatralidade que perpassa as relações singulares e universais das infâncias que temos/tivemos, somos/fomos: “Então, tudo é faz de conta como antes?” Faz de conta que o menino é um tatu. Faz de conta que o menino é tu!

Natássia Garcia
Profa. da Escola de Música e Artes Cênicas - Universidade Federal de Goiás
http://www.natassia.com.br/

Foto: Cida Alves, Goiânia, 2002. Na foto está a imagem do  pequinique inventado no quintal pelas meninas Cecília e Larissa. 

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