13 de set. de 2011

Vítimas de pedofilia denunciam papa para tribunal internacional

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Uma associação americana de vítimas de padres pedófilos anunciou nesta terça-feira ter apresentado uma queixa ante o TPI (Tribunal Penal Internacional) contra o papa Bento 16 e outros dirigentes da Igreja católica acusando-os de crimes contra a humanidade.

Os dirigentes da associação SNAP (Rede de Sobreviventes de Abusados por Padres, na sigla em inglês), orientados pelos advogados da ONG americana "Centro para Direitos Constitucionais", entraram com uma ação para que o papa seja julgado por "responsabilidade direta e superior por crimes contra a humanidade por estupro e outras violências sexuais cometidas em todo o mundo".

A organização acusa o chefe da Igreja católica de "ter tolerado e ocultado sistematicamente os crimes sexuais contra crianças em todo o mundo". Foram acrescentadas à queixa 10 mil páginas de documentação de casos de pedofilia.

A SNAP possui membros nos Estados Unidos, Alemanha, Holanda e Bélgica, quatro países muito afetados pelo grande escândalo de pedofilia que envolve a Igreja.

"Crimes contra a dezenas de milhares de vítimas, a maioria crianças, foram escondidos pelos líderes nos mais altos níveis do Vaticano. Neste caso, todos os caminhos levam a Roma", declarou a advogada Pamela Spees.

Os bispos e, em alguns casos, o próprio Vaticano, rejeitaram ou ignoraram muitas das queixas das vítimas de padres pedófilos. O escândalo desacreditou a Igreja em vários países na Europa.

Bento 16 expressou sua vergonha e pediu desculpas, apelando para a tolerância zero contra os pedófilos. Ele também pediu aos bispos do mundo, que têm a responsabilidade primária sobre seus sacerdotes, a plena cooperação com os tribunais criminais.

Fonte: folha on line em 13/09/2011 – 09h25


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CONFISSÕES OBSCENAS - Capa da Revista Istoé em 16 de novembro de 2005

Padre Tarcísio

Padre Tarcísio Sprícigo, de Goiás, descreve em seu diário os detalhes sórdidos de aliciamento de meninos e de como colocava em prática seus crimes sexuais

Frei Tarcísio Tadeu Sprícigo, condenado a dez anos de prisão por abuso sexual contra menor, é acusado de molestar garotos em Anápolis. Documento revela detalhes de como agia o religioso:

Características que deveriam ter as suas vítimas:

Caracteristica da vítima

1) Idade > 7 > 8 > 9 > 10
2) Sexo > masculino
3) Condições sociais > pobre
4) Condições familiares > de preferência um filho sem pai, só com a mãe sozinha – ou com 1 irmã.
5) Onde procurar > nas ruas, escolas e famílias.
6) Como fisgar > aulas de violão, coralzinho, coroinha.
7) Importantíssimo > prender a família do garoto.
8) Possibilidades > garoto carinhoso, calmo, sem bloqueios, carente de pai, sem moralismos.
9) Ver o que o garoto gosta e partir desta premissa para atendê-lo em cobrança a sua entrega a mim.
10) Como apresentar-se > sempre seguro – sério – dominador – pai – nunca fazer perguntas, mas ter certeza

Como abordava suas vítimas

Tarcísio pensava no diálogo que teria com o adolescente. “Sabe O., você é meu melhor amigo. Já nos conhecemos a tanto tempo e tudo deu certo para nós dois. Eu acho que Deus tinha marcado para nossos dois caminhos se encontrar”, escreveu. Tarcísio ainda relatou que diria ao menor que o amor não tem sexo, idade ou aparência. “A gente tem de se conhecer de corpo. Beijos, carinhos, abraços e transa. Ficar sem roupa e curtir o prazer do amor.” O frei é autor do livro Poderosas orações que mudarão sua vida para sempre.

“Me preparo para a caça... olho para os lados... com tranqüilidade, porque tenho todos os garotos que eu quero”. A frase resume a sede do frei Tarcísio Tadeu Sprícigo, 48, por crianças. Foi retirada do diário que revelou os meios usados pelo religioso para seduzir menores durante toda sua vida na Igreja Católica em paróquias por todo o Brasil. Nas anotações, as quais o Diário da Manhã teve acesso, o clérigo sempre se mostrou perturbado com a situação, mas nunca deixou de ressaltar que Deus o perdoava.

Afastado da Igreja Católica entre 1995 e 1997 por causa de denúncias de abuso sexual contra menores no Paraná e interior de São Paulo, o frei escreveu – logo após seu retorno – que “o garoto mais lindo, excitante, lábios grandes e carinhoso está sendo atraído por ele. “Fortemente, sexualmente e com infinita paixão por mim e não agüenta mais sem mim”. Tarcísio se definiu nas anotações como “o mais jovem, excitante, agradável e bonito.”

O frei relatou em seu diário o objetivo de seduzir um adolescente. “Fazer o O. ficar apaixonadíssimo ao estremo (sic) por mim, de tal forma que ele entregue para mim totalmente sua intimidade, seus segredos, seu corpo.” O religioso ressaltou ainda que tudo deveria ser feito em segredo.

Sempre preocupado com a forma de agir, frei Tarcísio escreveu sobre seu comportamento diante do menor. Chegou à conclusão que deveria ser descontraído, cantor, pop, jovem e ter um “papo legal”. “Ser bastante carinhoso, não ser apressado no amor e esperar reação do garoto”. Ele se lembrou de não demonstrar carência. “Mais tarde falar de minha vida íntima com R.”, relatou a estratégia, se referindo a outro caso sem especificar se o garoto era menor de idade.

Tarcísio pensava no diálogo que teria com o adolescente. “Sabe O., você é meu melhor amigo. Já nos conhecemos a tanto tempo e tudo deu certo para nós dois. Eu acho que Deus tinha marcado para nossos dois caminhos se encontrar”, escreveu. Tarcísio ainda relatou que diria ao menor que o amor não tem sexo, idade ou aparência. “A gente tem de se conhecer de corpo. Beijos, carinhos, abraços e transa. Ficar sem roupa e curtir o prazer do amor.” O frei é autor do livro Poderosas orações que mudarão sua vida para sempre.


Como a igreja agia em relação às denúncias de violência sexual

Os 10 mandamentos da impunidade na Igreja Católica

1 - Averiguação discreta do ocorrido.
2 - Reconhecido o abuso sexual e constatado que a imagem da Igreja será prejudicada, iniciar ações dissuasórias com agressor e vítima. Os bispos dedicam-se ao convencimento das vítimas e de seus familiares, assegurando-lhes que o agressor foi punido e estaria arrependido, persuadindo-os a não perpetrarem a denúncia para não prejudicar a Igreja nem a si mesmos.
3 - Encobrimento dos fatos e do agressor antes que venham a público.
4 - Medidas para reforçar o ocultamento. A hierarquia adota um expediente canônico contra o agressor, apenas para defender-se de eventuais acusações de passividade.
5 - Negar o ocorrido. Sob o argumento de que o sacerdote, chamado por Deus, é um homem de virtude, uma figura sacra. Quando não é mais possível negar o fato, este é
tratado com exceção.
6 - Defesa pública do agressor, ressaltando seus bons serviços prestados à Igreja. Apela-se para o sentimento cristão do perdão ao pecador arrependido.
7 - Desqualificação pública das vítimas e de suas condições.
8 - Atribuição paranóica de denúncia a campanhas orquestradas por “inimigos da Igreja”.
9 - Possibilidade de negociação com a vítima.
10 - Proteção do sacerdote agressor.


Acesse a reportagem completa no blog Diga Não à Erotização Infantil

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