5 de ago. de 2010

A mesma pedra, destinos opostos.

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A Pedra Iraniana
Símbolo da opressão às mulheres


Mulher é condenada a ser morta por apedrejamento




Em 2006, Sakineh Ashtiani foi condenada à morte por apedrejamento por supostamente ter tido relações com outros dois homens anos após a morte de seu marido. Desde então, esta mulher de 43 anos está na prisão, onde se retratou da confissão feita sob a coerção das chicotadas.

Só recentemente é que ela foi levada ao tribunal e recebeu um novo julgamento. De novo ela foi condenada e, desta vez, apesar de já ter sofrido uma punição, foi sentenciada à morte por apedrejamento. Essa prática desumana envolve enrolar firmemente a mulher, da cabeça aos pés, com lençóis brancos, enterrá-la na areia até os ombros e golpeá-la à morte com pedras. As pedras não podem ser grande demais para que não morra com rapidez.


Os filhos de Ashtiani imploram por ajuda




Estendemos nossas mãos sobretudo aos iranianos que vivem no exterior. Ajudem-nos a evitar que esse pesadelo se torne realidade. Salvem a nossa mãe. Somos incapazes de explicar a angústia de cada momento, de cada segundo de nossas vidas. As palavras não dão conta de articular o nosso medo...

Ajudem-nos a salvar nossa mãe. Escrevam às autoridades pedindo a sua libertação. Digam-lhes que não há nenhum querelante e que ela não fez nada de errado. Nossa mãe não pode ser morta. Será que há alguém nos ouvindo e correndo em nosso socorro?

Faride e Sajjad Mohammadie Ashtiani
(filhos de Sakineh Ashtiani)















A Pedra Sueca
Símbolo do esclarecimento de uma mãe




Em 1977, o governo sueco estabeleceu um comitê parlamentar para examinar os direitos da criança. Naquele momento, o foco do debate tinha passado dos direitos dos pais para os direitos dos filhos. Muitas pessoas famosas se envolveram no debate.



Uma delas foi Astrid Lindgren, a autora de livros infantis mais conhecida da Suécia. Em 1978, um ano antes que a Suécia aprovasse a legislação contra os castigos físicos e humilhantes, ela recebeu o Prêmio da Paz do Comércio Livreiro Alemão. Seu discurso de aceitação foi intitulado “Violência Jamais” e incluía a história que uma senhora havia lhe contado.






A hi
stória:
Quando era uma jovem mãe essa senhora tinha ouvido falar que era necessário bater na criança para educá-la bem. Um dia, seu filho pequeno fez algo que ela achou merecedor de um castigo, então ela disse ao menino: vá até a mata e busque uma vara para que possa lhe bater.

“O garoto demorou muito tempo e quando voltou, chorando, disse:

- Eu não consegui achar um galho, mas aqui está uma pedra que você pode jogar em mim.

A mãe de repente viu a situação pelos olhos do filho e começou a chorar também. A criança deve ter pensado:

- “Se minha mãe quer me machucar, então é melhor usar uma pedra”.

Ela o abraçou e os dois choraram juntos por muito tempo. Então ela colocou a pedra em uma prateleira da cozinha, onde ela permaneceu como uma lembrança constante da promessa que a mãe fez, para a vida toda, naquele exato momento; “Violência jamais!”


"Saberemos do amanhã pelas escolhas que fizermos hoje”.
Polliana Martins (seguidora do blog)



Atenção:
Descubra como você pode ajudar Sakineh Ashtiani entrando nos endereços:
http://www.avaaz.org/po/lula_salve_sakineh/?vl

https://mail.google.com/mail/?hl=pt-BR&shva=1#inbox/12a44d67df5760d1


Fontes: Jornal Agora - Rio Grande, 05 de Agosto de 2010; Ben Wikler Avaaz.org e Informativo Violência Jamais - Trinta anos da abolição do castigo físico na Suécia - Governo da Suécia e Save teh children Suécia 2009.

Um comentário:

  1. Oi Cida,

    Que incrível!

    Fiquei emocionada ao ler a mensagem, ela representa de forma dramática como uma criança pode interpretar as atitude de um adultos, principalmente, (as aparentemente ingênuas) as de violência.

    Obrigada por me presentear com tão belas mensagens.

    Abraços,

    Sandra de Lourdes Rocha de Oliveira
    Pedagoga, especialista em Psicopedadogia pela UFG e em Educação Para a Diversidade - deficiência mental e auditiva pela UCG.
    Coordenadora da Assessoria Técnica do Conselho Municipal de Educação de Goiânia

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